Nomear a Vida
Regina afirma que as palavras são sempre poucas quando se quer nomear a vida!
As palavras, por vezes leves, tão leves; fluidas como borboletas sobrevoando o essencial; ditas no silêncio de uma madrugada sem sobressaltos - aurora rosada de paz.
O que importa, pensa, lê-se nos gestos que a boca não soletra.
Num olhar, abre-se um dicionário de afectos, que nem sempre é possível folhear.
Quantas palavras ficam por detrás da língua, pensadas a montante de lábios, não desaguando na saliva do dizer?
Regina habita-se por dentro, sabe-o; mas entra em si pelo irresistível olhar dos outros, que lhe sorriem por ela ser assim - uma rainha vulcânica mas sem vaidade. O seu reinado existe sempre com os outros; com os que, com ela, respiram em osmose de hálitos de mãos.
E é no mundo desses seres que ela busca o que não sabe; tudo aquilo que desconhece, para tornar real o que ainda não é - mas será...
Assim, vale a pena continuar viva; viva e com seiva!
3 Comentários:
Às 18 de novembro de 2006 às 13:41:00 WET ,
ZOOM & PALAVRAS disse...
O que nos identifica, não são de facto as palavras... elas procuram traduzir o que nos vai na alma, mas serão sempre um ténue reflexo da realidade... o que SOMOS vive-se num mundo bem mais interior, silencioso, único, que constitui o nosso mistério. Este mistério não está ao alcance de todos ( felizmente!), mas apenas daqueles que escolhemos para o revelar ( sempre e só, levantando apenas a ponta do véu). O Mistério está ao alcance daqueles que aceitam e escolhem percorrer caminhos novos ao nosso lado, ouvir o indizível, prescrutar o nosso silêncio, ler a imensidade de emoções e desejos de infinito que os nossos olhos deixam transparecer. E não é fácil encontrar alguém que tenha esta sabedoria... esta capacidade de sair de si mesmo à procura da beleza e do indizível... Voltei a errar: Voltei a usar muitas palavras... apenas para tentar dizer: Se me ( nos) querem conhecer, procurem "ouvir os nossos silêncios"!
É incrível como me identifico com os teus textos, Regina.
Às 18 de novembro de 2006 às 14:37:00 WET ,
www.reginachocolate.blogspot.pt disse...
A Regina é uma invenção feliz - veja-se a cumplicidade que, com os OUTROS, ~lhe é facultado criar. Obrigada a ti, A. P., que dás a esta personagem todos os motivos para que continue a afirmar-se com nome de chocolate mas, muito mais, como nome de Mulher.
Às 3 de abril de 2007 às 08:57:00 WEST ,
Anónimo disse...
Gosdto das tuas cores, sempre gostei.Desenha-me um arco-iris.Pinta-ne esta manhã para eu acordar feliz... neste meu douro, adormecido nos seus solcalcos.. à espera das primeiras cerejas, em Maio...
Gosto da cor das mãnhas da primavera, que só tu sabe dar cor aos meus horizontes de luz.
Pinta-me.
Avaro
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