Ponto de luz
- "Era a fazer de conta..."
- "Conta lá!"
- "Eu conto-te um conto, mas acrescento um ponto: vês aquele ponto de luz, no céu quase de breu? Está tão longínquo que só o podes representar com a ajuda da tua imaginação..."
- "Sim, eu vejo porque tu me dizes que lá está e, então, os meus olhos passaram a criá-lo dentro de mim, porque tu o criaste dentro de ti e porque ambos olhamos na mesma direcção. Percebo que nós os dois somos, infinitamente, construtores de sonhos e é bem verdade que se sonha melhor à noite!"
- "De noite também os sonhos são pardos, como os gatos e, por essa razão, podemos avolumar o mundo do que não é, para que nos sintamos felizes ou infelizes, contentes ou descontentes."
- "Eu repito: vês aquele ponto de luz, no céu? És tu! Vislumbro-te sempre melhor à noite, quando te despes das convenções do dia e te expandes em luz, para me ofuscares com a languidez do teu corpo pequenino, mas que se abre em reinado de céus, pelo longo avesso das horas... Oh! Agora já não te vejo, porque tenho os olhos fechados de sono de terra... Mas sei que vais ficar a velar-me o descanso e eu, no céu do meu cérebro, vou ter-te sempre como luz de presença, até despertar..."
- "Conta lá!"
- "Eu conto-te um conto, mas acrescento um ponto: vês aquele ponto de luz, no céu quase de breu? Está tão longínquo que só o podes representar com a ajuda da tua imaginação..."
- "Sim, eu vejo porque tu me dizes que lá está e, então, os meus olhos passaram a criá-lo dentro de mim, porque tu o criaste dentro de ti e porque ambos olhamos na mesma direcção. Percebo que nós os dois somos, infinitamente, construtores de sonhos e é bem verdade que se sonha melhor à noite!"
- "De noite também os sonhos são pardos, como os gatos e, por essa razão, podemos avolumar o mundo do que não é, para que nos sintamos felizes ou infelizes, contentes ou descontentes."
- "Eu repito: vês aquele ponto de luz, no céu? És tu! Vislumbro-te sempre melhor à noite, quando te despes das convenções do dia e te expandes em luz, para me ofuscares com a languidez do teu corpo pequenino, mas que se abre em reinado de céus, pelo longo avesso das horas... Oh! Agora já não te vejo, porque tenho os olhos fechados de sono de terra... Mas sei que vais ficar a velar-me o descanso e eu, no céu do meu cérebro, vou ter-te sempre como luz de presença, até despertar..."
©reginachocolate