Liberdade
O trabalho foi conseguido! Regina ficou num contentamento que tocava a plenitude.
E o texto feliz surgiu assim:
"Debruçada sobre o parapeito, já desgastado pela chuva, deixou-se estar a receber o vento que trazia, do Oriente, um sabor a liberdade.
Naquele momento apercebeu-se que estava só, que vivia na solidão. Nunca pensou odiar tanto algo que outrora recebeu com tanto agrado. Sim, porque quando ela era jovem gostava, tantas vezes, de ficar sozinha, a pensar no mais íntimo da sua vida, da sua alma.
E hoje, naquele fim de tarde, tanta gente que passou à beira de sua casa… Mas ninguém acenou.
Decidiu, então, receber a liberdade para sempre – deitou-se, reviu os momentos em que foi feliz, fechou os olhos e esperou que a liberdade invadisse o seu quarto…"
Naquele momento apercebeu-se que estava só, que vivia na solidão. Nunca pensou odiar tanto algo que outrora recebeu com tanto agrado. Sim, porque quando ela era jovem gostava, tantas vezes, de ficar sozinha, a pensar no mais íntimo da sua vida, da sua alma.
E hoje, naquele fim de tarde, tanta gente que passou à beira de sua casa… Mas ninguém acenou.
Decidiu, então, receber a liberdade para sempre – deitou-se, reviu os momentos em que foi feliz, fechou os olhos e esperou que a liberdade invadisse o seu quarto…"
Tinha pintado, em imagem, aquilo que agora saía da criatividade verbal de alguém que, pendurando-se no seu olhar, lhe dava alguma da compreensão dos dias.